29 Janeiro
No início era a Luz... forte, intensa, quase a cegar quem para ela olha de frente...
Depois a escuridão...
Um homem habita a sua claustrofóbica célula de Vida... em contagem decrescente, como a realidade...
O espaço que é dado, é o ponto de partida... mas há uma tendência natural, para o esmagamento... que pode ser próprio, ou do meio que nos rodeia...
A pressão e a opressão que nos circunda...
por vezes aliviadas, sem se saber porquê... outras... pela nossa própria resistência...
Há momentos em que apetece lutar contra as paredes que se erguem... empurrá-las como se não houvesse amanhã...
Outros, em que a resistência é insignificante, valendo a capacidade de adaptação,
a correcção do posicionamento,
a modificação do movimento...
testando as nossas capacidades de contorcionismo...
mesmo que nos faça ver o mundo ao contrário...
Há alturas, em que se perde a cabeça e mesmo assim não se perde a postura...
tentando encontrar uma direcção para o que entendemos ser correcto...
Por vezes, queremos segurar o mundo nos ombros...
mas isso não dura muito...
No início era a Luz...
No final, a escuridão... a revelar que, por vezes, não faz sentido lutar contra o céu que se abate sobre nós próprios...
Essa luta é um mero adiamento de uma realidade que nos esmaga...
Uma performance extraordinariamente elegante, virtuosa, intensa e subtil de Pierre Rigal.
Adorei!
6 comentários:
ouviste um duplo zumbido nessa noite(o teu e o do candeiro) ;)
Como já fizeste o comentário que queria fazer resta-me repetir: "Uma performance extraordinariamente elegante, virtuosa, intensa e subtil.
Adorei!"
Fiquei sem palavras ao ler o teu post.. uma forma de arte bastante interessante
1 beijinho
Sininho,
o zumbido do espectáculo, abafou o meu! Felizmente! ;)
Sparkle,
estiveste lá? Gostava de arranjar o DVD do espectáculo, porque tão bem vivido, interpretado e dado a interpretações... adoro analogias ;)
Bj
Só,
o espectáculo é muito mais interessante que as minhas palavras ;)
Muito obrigado!
Bj
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