A morte choca-nos sempre...
Hoje mal acabado de acordar, a ler as novidades no twitter, dou de caras com a malfadada morte...
1983, a memória mais antiga que tenho de David Bowie.
Ano de "Let's Dance", mas também de "Merry Christmas, Mr. Lawrence".
Filme intenso para a idade que tinha e cuja música nunca mais me saíu da cabeça, da autoria do não menos brilhante e igualmente camaleónico, Ryuichi Sakamoto.
Vi esse filme, em Caxias, com um Amigo de infância, num espaço que há muito morreu...
Chamava-se «A Familiar» e era uma simples casa (podia até ser uma garagem), com 20 ou 30 cadeiras e uma parede branca onde se projectavam filmes,
Não me esqueci da música, do hara-kiri e do chapéu de David Bowie... a partir desse dia, queria usar um chapéu daqueles...
Sakamoto, também protagonista do filme, acompanhou-me com Bowie, ao longo dos anos. Tive a felicidade de assistir ao seu último concerto em Portugal, em 2011, na Gulbenkian e fiquei extasiado.
Descobri que fez uma pausa, também por sofrer de cancro e retomou a sua actividade no ano passado, com mais uma excelente banda sonora, para o filme de Iñarritu (The Revenant)...
Bowie, como se diz sempre nestes casos, não morreu.
Despede-se da vida terrena, com mais um álbum, bem biográfico, sabemo-lo agora.
Perdurará por tudo o que represent(ou)a...
Tanta música marcante e simbólica, mas a minha homenagem é protagonizada por Sakamoto.
Merry Christmas, Mr. David Bowie
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