Ensaios

Não sou «blogger», seja lá o que isso quer dizer...
Navego por alguns blogs, quando tenho oportunidade...
Escrevo ou «faço de conta que, numa espécie de», uma vez que são mais as músicas, fotos e vídeos... que propriamente as minhas palavras...
Entusiasmo-me com as de outros...
Detenho-me no Corta-Fitas, por afinidade com a Maria Inês...
Aprendi a degustar também os escritos da Filipa Martins... que tem muito mais do que a simples beleza, que atrai muito dos seus «comentadores»...
Já tem um livro (Elogio do Passeio Público, Guimarães)... e bom gosto também, nas escolhas que transmite naquele pequeno espaço...
Tudo isto para divagar ligeiramente sobre o seu último post...
Ensaios_Filipa Martins
De há tempos a esta parte, o que tenho feito são mesmo «ensaios», como define a Filipa e, ao contrário do que tinha pensado (Alguém vai dizer: lá estás tu, com o teu pensamento scriptado, com a mania que controlas e organizas tudo)...
depois de um «tratado», lá entrei na fase dos «ensaios», com uma pausa demasiado curta pelo meio...
Na definição literária... o ensaio é breve, situado entre o poético e o didáctico, menos formal e mais flexível que o tratado, assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido...
A brevidade desagrada-me... mas todos os dias recebemos lições de quem nos rodeia... que não vale a pena fazer planos, não vale fazer futurologia... porque as variáveis mudam constantemente... e nós temos a capacidade de nos adaptarmos a elas... ou não...
O filósofo espanhol José Ortega y Gasset definiu-o como "a ciência sem prova explícita"...
Encontro muito pouco de científico nos meus «ensaios»... sou «acusado» de lhe tentar conferir alguma cientificidade... embora isso não corresponda à minha vontade...
Gosto de ser surpreendido, gosto que mexam comigo, gosto que me dêem luta...
Surpresas? Há quem tenha jeito para as proporcionar...
Vamos continuar o «ensaio»?