Continuando nesta senda/semana fabulosa de pianos... chego a Gonzales...
Esgotado, mas a conseguir bilhete no próprio dia e a conseguir «despachar» o já requisitado para Skunk Anansie...
A curiosidade para assistir a um espectáculo tão comentado nos circuitos alternativos... falou mais alto... e não dei por mal empregue o meu tempo e a determinação em estar presente (sinal que quando quero... vou!).
Repito a sala de sábado (Culturgest), repito a fila (será que desistem destas apresentações por se darem conta que estão na primeira?), repete-se o piano lindíssimo...
O espectáculo é totalmente diferente... Solo Piano, mas...
Gonzo apresenta-se de roupão!?! e os seus tradicionais chinelos... faz-me lembrar sem o cabelo cheio do habitual gel, o Manuel João Vieira :)
O alinhamento inicia-se com Gogol...
Após três músicas, começa a verdadeira interacção nonsense com o público, primeiro classifica-se:
«Eu já fui candidato a um Grammy, eu estou no Guiness (27 horas consecutivas a tocar piano) e sim, sou um egocêntrico... e nós, os artistas, não somos todos?»
Depois, explica o seu desgosto pelo uso e abuso de major notes (as alegres) que são, segundo ele, as mais fáceis, falsas e ilusórias... prefere as minor (eu também) por serem mais cruas, mais fortes...
(quem tiver interesse, no seu DVD «From Major to Minor», tudo aparece melhor retratado)...
Segue-se o ódio pelo laranja, por ser a cor da Easyjet, pelos vistos a companhia de eleição?!?
E daí partimos para um clapping hands soberbo sob a sua direcção... passamos por peças fantásticas...
Assistimos a uma world premiére com o seu novo rap «Grudge» tocado ao piano...
e chegamos a mais um momento alto da noite... o famigerado «Singalong» com o público a entoar a duas escalas? o «hmmmmmmmm»...
Daí ao seu êxito «Take me to Broadway» é um passo...
Chegam os encores... um miúdo provoca-o, pergunta se consegue tocar «Eye of the tiger»... diz que não se lembra, mas nem hesita... uma segunda nota falhada... recomeço... e daí em diante até ao final... de espanto!
Finalmente, chama uma qualquer Pilar do público (que não se vai esquecer, nem da actuação nem da pronúncia de Gonzales) para ser ela a tocar uma música de duas notas enquanto Gonzo canta mais um rap e finaliza uma actuação genial, com o público a acompanhar sem necessidade de ter sido requisitado, com o tal «hmmmmmmmm»...
Um entertainer puro!
2 comentários:
O sr. é um génio, pois claro :) Esta é fantástica :))
Ana, é mesmo! ;)
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