Fidelidade é liberdade para escolher, por exemplo a mesma pessoa todos os dias. É saber que construímos alicerces e pontes e não muros. É não ser prisioneiro. É cortar o arame farpado que nos isola e faz o outro lado muito mais apetecível.
e como transborda tanta vez à minha volta ;) Engraçado como apenas duas pessoas se «atreveram» a comentar... a provocação deu lugar a receio deste tema? :)
Se nos identificamos com algo é natural estabelecer uma fidelidade. Fazemo-lo com as pessoas, com ideais, com animais, com produtos. Essa aproximação resulta da nossa vontade e contribui para a nossa realização, para a satisfação dum desejo (queremos ser o leito do rio). Contudo essa fidelidade pode dar lugar a uma interpretação de posse. Nossa ou doutrem. Ou porque houve apropriação da nossa vontade; ou porque as margens tentam conter as nossas cheias (os rios têm margens e ficamos à mercê delas). Enquanto o leito sente nas margens os braços dum abraço a fidelidade é libertadora; o arame farpado uma protecção. Quando as margens oprimem o leito a fidelidade é o arame farpado que aprisiona. (lê o meu poema "Receita para fazer bebés..."
"A fidelidade devia ser facultativa" dizia Nelson Rodrigues... assim evitaríamos o rolo de arame farpado! Acho que se conseguirmos ser fiéis a nós mesmos nesta vida, já é uma grande vitória!! Bjs
Mano, ainda não li o poema, mas a ler-te agora e parecia estar a ler uma citação do brilhante Agostinho da Silva... soa-te bem a comparação? Afinal, és único... sem imitações
12 comentários:
... ou o leito dum rio.
que nos apetece encher e...
ficamos à mercê das suas margens.
Fidelidade é liberdade para escolher, por exemplo a mesma pessoa todos os dias.
É saber que construímos alicerces e pontes e não muros. É não ser prisioneiro. É cortar o arame farpado que nos isola e faz o outro lado muito mais apetecível.
Mano,
e como transborda tanta vez à minha volta ;)
Engraçado como apenas duas pessoas se «atreveram» a comentar... a provocação deu lugar a receio deste tema? :)
Abraço Amigo
(sorry pela ausência de resposta)
SM,
excelente imagem, essa da escolha diária... primeira vez que a ouço, mas soa belíssimamente... sem muros e sem arames ;)
a fidelidade.. é uma técnica de aproach do marketing relacional! :D
...e não é que é mesmo!?
boa escolha de imagem...
Se nos identificamos com algo é natural estabelecer uma fidelidade. Fazemo-lo com as pessoas, com ideais, com animais, com produtos.
Essa aproximação resulta da nossa vontade e contribui para a nossa realização, para a satisfação dum desejo (queremos ser o leito do rio).
Contudo essa fidelidade pode dar lugar a uma interpretação de posse.
Nossa ou doutrem.
Ou porque houve apropriação da nossa vontade; ou porque as margens tentam conter as nossas cheias (os rios têm margens e ficamos à mercê delas).
Enquanto o leito sente nas margens os braços dum abraço a fidelidade é libertadora; o arame farpado uma protecção. Quando as margens oprimem o leito a fidelidade é o arame farpado que aprisiona.
(lê o meu poema "Receita para fazer bebés..."
"A fidelidade devia ser facultativa"
dizia Nelson Rodrigues... assim evitaríamos o rolo de arame farpado!
Acho que se conseguirmos ser fiéis a nós mesmos nesta vida, já é uma grande vitória!!
Bjs
Lefty,
para além disso, é igualmente (e como bem escreveu a SM) um estado de espírito diário (soa-me mesmo bem esta ideia)!
;)
Juro, juro que estou a reviver outras (imagens) ;)
Mano, ainda não li o poema, mas a ler-te agora e parecia estar a ler uma citação do brilhante Agostinho da Silva... soa-te bem a comparação? Afinal, és único... sem imitações
Abraço, Amigo
Lou... este post fecha com chave de ouro... a tua ;)
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