
Custa a crer... a 15 minutos do concerto e sem bilhete... mas a acreditar plenamente que iria estar presente... o meu Amigo Drummer e a sua An, a dizerem que conseguiria e consegui-o (graças a eles)...
E para os que fazem parte do Grupo Incógnito...
Adivinhem quem cedeu o bilhete?
A miúda que dança no Suave!
As coincidências da minha vida, já davam um livro...

Obrigado à Lefty e ao Cardeal... pela insistência para passar a noite convosco...
Será que foi apenas necessário... acreditar muito?
Isso e também a força do Drummer... habituado a estas lides...
Era para ir com a Braba ao Coliseu do Porto... acabámos por não conseguir...
tudo esgotado há dois meses...
Recorri a todos os Amigos para obter o referido passaporte...
alguns tentaram e muito, eu sei... e agradeço também...

Antes de entrar, duas pessoas em mente... apeteceu-me DIzer que estava por lá...
Triste, pelo momento da Braba não ser o melhor e ainda assim tentei passar «Fistful of Love» via mobile, mas não terá sido a melhor maneira de a animar...
Era o espectáculo que mais aguardava...
Sublime...
Começando pela interpretação cénica de um pássaro...

Passando pelo desempenho livre dos temas de Antony com a sua fantástica e
out of order voice... músicos do melhor que tenho ouvido...
e os excelentes jogos de sombras e iluminação num
décor minimal.

A determinada altura recordei, como se por lá estivesse, as horas bem passadas nos tempos de faculdade, com a AC, aos domingos na «Música em Diálogo com o Maestro José Atalaya»... quando Antony explicou ponto por ponto, e em plena música, o propósito e estória de «Hope Mountain»...
O diálogo com o público foi uma constante (política americana, ambiente, religião e feminismo ;) e as referências elogiosas e conhecedoras da nossa Sintra... a deixarem-nos reconfortados, por saber que a visita a Portugal não se circunscreve aos hotéis e aos palcos...
A melancolia predomina nas suas músicas e sinto-me «em casa», nesse papel...
mas outras sonoridades compõem igualmente o seu reportório...
tal como «Shake that Devil»... com o público em plena harmonia com o som...
«Fistful of love» foi ponto alto, não esquecendo a interpretação brilhante de «One Dove», a par do encore «Hope there's someone», com que vos deixo num vídeo acabado de descobrir... igualmente interessante...
Duas horas e vinte de concerto com um artista único... Antony Hegarty...